A incrível maquina respiratória
Voltei para minha casa, tentando juntar as peças de como e porque aquilo aconteceu logo comigo e não com os meus amigos? E porque eles não se lembrava da tempestade?. Era tantas perguntas que nem sabia por onde começar. Então fui pelo mais óbvio, liguei para minha mãe para saber se houve algo de estranho comigo na minha infância e me arrependi amargamente.
Na hora que perguntei ela ficou gaga e começou a chorar falando que devia ter me contado antes, eu não estava entendendo nada então pedi para que parasse de rodeios e me falasse logo, quando minha mãe desembuchou falou que me achara na praia em meio de uma tempestade fora de lógica, depois desse dia ela nunca mais voltou naquela praia, até mudou de cidade para que as coisas pudessem ser normais.
Desliguei o telefone em estado de choque, sempre me achei tão diferente da minha mãe, e o mar sempre me atraia para perto dele. Quando moramos no interior era infernalmente terrível e minha mãe para me acalmar, deixava uma pequena piscina de plástico de agua com sal para eu nadar.
As coisas passou a fazer sentido, quando era pequena me sentia deslocada por ser tão esquisita mas quando fui chegando a adolescência consegui esconder toda aquela esquisitice, escondi tão bem que cheguei a perde-la e agora tudo voltou a tona. Eu me sentia perdida...
Resolvi encarar as coisas de frente e parar de drama, voltei para a praia e sentia a movimentação da água , sabia o que estava acontecendo. A tempestade estava por vir e aquele maldito mundo paralelo também. Agora é tudo ou nada vou saber o que eu sou e o que está por vir ou eu não me chamo Maria Francisca . Já esta na hora de eu parar de esconder minha esquisitice ...
Vem tempestade por aí...
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